O meu jardim interior

Texto cedido por Hellô Martins

E do dia para noite o meu eu se perdeu. As lágrimas escorrem sem parar, e passei a conviver com uma cachoeira sem fim. Os meus pensamentos me levam a ti, mas mesmo assim continuo distante. Sem querer me afastei de tudo que me faz bem. Não estou me remoendo pelas coisas que não deram certo, apenas magoada por você não ser tão persistente quanto a mim.
    O meu jardim morreu pela tristeza. As flores do afeto, gentileza, respeito, cumplicidade, alegria, paixão, reciprocidade e amor foram devastadas, quando você as abandonou. Pelo simples fato de não querer entender o meu lado. Com olhar e a mente distantes  tudo me remeti a ti. Onde está você? Quem vai construir e regar o meu jardim? Por que não volta? Não sente mais nada por mim?
      Que pena, as flores eram lindas. Ô se tu soubesses o quanto de ti ainda há em mim. Se não quiseres voltar, saibas que o jardim um dia será reconstruído e em cada canto dele haverá lembranças suas, não queria te deixar partir, mas se queres ir, vá. E se um dia quiseres voltar, ainda estará na parte em que dá vida ao jardim.