HOMILIA-TEMPO COMUM
O9 de Janeiro- Terça-feira da 1º Semana do
Tempo Comum
“Ó Deus, atendei como pai ás preces do vosso
povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de cumpri-los.” (Cf. Oração do Dia).
Na primeira leitura Ana, mãe de Samuel,
clama a Deus por misericórdia, pois é estéril e já estava amargurada, resolveu
assim orar ao Senhor, e ali derramou copiosas lágrimas, e crendo fielmente em
que Deus poderia fazer em sua vida pede fervorosamente um filho e consagra-o ao
plano do Senhor.
Ana foi audaciosa e destemida, teve
coragem e bravura para dizer a Deus tudo àquilo que estava em seu coração (Mesmo
Eli imaginando que ela estava embriagada, pois não ouvia as palavras de sua
oração, mas somente os murmúrios), acima de tudo foi autêntica, esse deve ser o
modelo de oração que devemos seguir: uma oração repleta de confiança e
humildade. É importante compreender as duas dimensões da oração: se pedimos
algo a Deus devemos consagrar a Ele, se é obra de Deus, a Ele pertence, e
compreender que Deus tem sua parte na vida de cada homem, quando as forças do
homem nada mais podem, a força de Deus ainda pode.
Na salmodia percebemos que Deus está
sendo exultado e percebemos o agradecimento implícito pelas obras de Deus na
vida de quem o escreveu, hipoteticamente, podemos dizer que seja um canto de
exultação de Ana devido a grande obra do Altíssimo feita em sua vida.
No evangelho de São Marcos percebemos
que Jesus ensinava como quem tinha autoridade, Ele baseava-se nos ensinamentos
e não na autoridade da escritura ou de seus predecessores, e ordenava até aos
espíritos maus, pois estava na sinagoga, no dia de sábado, e ali houve uma
manifestação. A maneira em que Jesus ensinava difere da maneira dos escribas,
de forma que a multidão percebesse antes mesmo d’Ele demonstrar seu poder sobre
os espíritos imundos. Aqui podemos ver o inicio da vida pública de Jesus, e
mesmo sendo o Santo de Deus, manda o espírito mau se calar, toda humanidade
percebe a autoridade investida do alto em Cristo, até o demônio reconheceu essa
autoridade.
Que possamos imitar os passos de Ana, ter
uma vida de oração intima, profunda e acima de tudo autentica. Que possamos
elevar nossa voz a Deus exaltando-o e louvando-o constantemente com humildade e
confiança. E que possamos ensinar ao nosso próximo com autoridade e sensatez, e
que despejemos em todos os lugares em que formos verdadeiras gotas de amor,
amor este que nos move e nos transforma.
“O Senhor te abençoe e te guarde.” Nm
6,24
Widson JoséËY
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