HOMILIA-TEMPO COMUM
12 de Janeiro- Sexta-feira da 1º Semana do
Tempo Comum
“Ó Deus, atendei como pai ás preces do vosso
povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de cumpri-los.” (Cf. Oração do Dia).
Na liturgia de hoje damos continuidade
a meditação do Primeiro Livro de Samuel, nessa perícope o povo de Israel a
observar as demais nações vizinhas veem um rei guiando politicamente,
socialmente e desejam ser regidos por um rei conforme as pátrias vizinhas. Eles
caminham ao encontro de Samuel e exigem um novo rei. Samuel clama ao Senhor o
que o povo deseja e Deus coloca algumas exigências e mesmo assim eles persistem
desejando um rei, eles não se importam com todos os prejuízos que sofrerão,
eles estão sedentos para serem governados por uma realeza.
Samuel fica desapontado com a decisão
do povo, pois eles vão contra tudo o que Deus fez desde a saída do Egito até
agora. Samuel enxerga essa atitude como uma enorme ingratidão para com Deus e
vê essa recusa como ofensa ao único rei verdadeiro que os guiou e os sustentou
milagrosamente a mais de dois séculos. Deus respeita imensamente a lei do
livre-arbítrio e mesmo manifestando desagrado, deixa-os livres para escolher um
rei. “Se eles desejam um rei, dê um rei a eles.”
O Salmo é uma maneira de reconhecer em
Deus a proteção e segurança, Ele proporciona-nos muitas alegrias e acima de
tudo é o nosso escudo e reina sobre nós, o Santo de Israel.
O evangelho escrito por São Marcos vem
trazer mais uma revelação dos milagres do Cristo. Podemos perceber nesta
perícope que o Filho de Deus tem poder para perdoar os pecados daquele que tem
fé e volta-se para Ele. Jesus percebendo os maus pensamentos dos mestres da Lei
intensifica ainda mais o milagre na vida daquele paralítico, além de perdoar os
pecados daquele homem age com mais profundidade, Ele o liberta da escravidão da
paralisia, mostra para o povo que é médico da alma (perdoando os pecados) e
médico do corpo (curando a paralisia).
O Messias acaba de introduzir na
história da humanidade o perdão de Deus através da sua humanidade, antes de
completar a sua missão messiânica, Ele instituirá o sacrifício da nova aliança
para a remissão dos pecados e, depois da ressureição, enviará o Espírito Santo,
para que os apóstolos tenham o poder de perdoar os pecados. A Igreja continua
hoje a usar esse poder de perdoar através do Batismo, na missa e no sacramento
da reconciliação.
Cristo transmitiu aos homens esse poder
imenso e regenerador no sacramento da penitência (confissão). Quem compreende
bem isto, não se cansa de render graça à misericordiosíssima bondade do Pai.
Desejo ardentemente que cada um de vós compreenda a dimensão do perdão, da
reconciliação e do amor, para que sejam cada vez melhores filhos e filhas e
ajam conforme a vontade de Deus.
“O Senhor te abençoe e te guarde.” Nm
6,24
Widson José
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