Homilia 14 de janeiro

HOMILIA-TEMPO COMUM

 14 de Janeiro- 2º Domingo do Tempo Comum

 “Deus eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do vosso povo e dai ao nosso tempo a vossa paz.(Cf. Oração do Dia).

         No Primeiro Livro de Samuel, leitura de hoje, relata que o Senhor chama Samuel três vezes, e na quarta vez ele compreende quem verdadeiramente o chama. O Senhor o chama três vezes, e Samuel imagina que as três vezes é Eli que o chama. É na terceira vez que Eli compreende que é Deus quem chama Samuel e diz a ele: ao ouvir a voz chamando o seu nome, deve responder assim: “Senhor, fala, que teu servo escuta”. 
         Não podemos nos esquecer de analisar como Samuel atende ao ouvir chamar o seu nome (não sabia que era o Senhor), ele imagina que era Eli que o chamava. Samuel, sem remediar atende com pontualidade, disponibilidade, ânimo e com prestatividade. Coloca-se como servo, “Tu me chamaste, aqui estou”.  Em homilias anteriores foi dito que Samuel foi consagrado a Deus, e na liturgia de hoje, afirmamos que “o Senhor estava com ele”. É assim que foi designada a unção e missão de profeta do Senhor, pois Deus “Não deixava cair por terra nenhuma de suas palavras” (cf. 1 Sm 3,19) . 
         Através da primeira leitura, no 1º Livro de Samuel, compreendemos sobre a manifestação da vocação profética. O Senhor confia diversas missões particulares aos homens. Aos que são chamados, encontram em Samuel um modelo de vocação que ouve a voz de Deus e vai ao seu encontro dizendo “sim” a seu chamado. Porém, temos que lembrar que nem todos são chamados da mesma maneira como Samuel foi chamado, muitos são chamados por outras formas: nas direções espirituais, através de um conselho de um amigo, acontecimentos casuais, encontros de oração, partilha, na vida em comunidade, nos trabalhos pastorais etc. Muitos são chamados para a vocação matrimonial (chamados à maternidade e à paternidade), religiosa (irmãs, frades e outros), à vida celibatária, à vida consagrada, Deus quer servir de sua vocação. Acima de tudo é preciso coragem e humildade para assumir a vocação, também é necessário persistência e comprometimento para ter um bom discernimento vocacional. Outras características importantes na vida vocacional deve ser a fidelidade aos planos de Deus, o desejo de consumir-se de amor pela Eucaristia, ter obediência a Igreja de Roma na pessoa do Papa e ter obediência na Igreja Particular, Diocese, na pessoa do Bispo. Saber ouvir e deixar-se corrigir pela equipe vocacional e formativa, quero lembrar a vocês que nós somos seres humanos em constante construção, nunca se fechem a correção fraterna, ao crescimento humano.
         Um bom vocacionado entrega-se em oração, se entrega nas atividades de sua comunidade, se entrega ao contato com os pobres e necessitados, ama a liturgia e deseja fazer de tudo para não feri-la, deve amar a palavra de Deus e a Santa Eucaristia, e lembre-se que comungar da palavra e da Eucaristia nos faz fortes para enfrentar as dificuldades do dia a dia, e suportar as tentações e provações.  Quanto maior for sua vida de oração, maior será sua intimidade com Deus.  
         “Eu disse: Eis que venho, Senhor! Com prazer faço a vossa vontade.” (cf. Sl 39), a salmodia de hoje exclama que esperando, orando e confiando em oração, Ele, ouvirá nosso clamor. Aquele que não se perde do caminho da fé e não busca idolatrias nem sacrifícios e holocaustos, se regozija no Senhor, pois o coração de quem confia em Deus é abundantemente feliz.
         Na segunda Leitura, o apóstolo Paulo, nos ensina de maneira amorosa a fugir da imoralidade, nos reafirma que o nosso corpo é templo do Espírito Santo, valorizemos o nosso corpo, pois ele foi comprado a custo de sangue, o sangue de Cristo, que foi derramado no madeiro por nossos pecados.
         São João em seu evangelho vem nos comunicar que para cada homem há um dia, há uma hora para tomar uma verdadeira decisão, naquele dia chegara a hora de seguir a Cristo, e era necessária uma verdadeira e definitiva decisão. João Batista junto aos seus discípulos diz: “Eis o Cordeiro de Deus!”, aqui ele cumpre com sua missão de anunciar e conduzir o povo ao Messias. Os discípulos imediatamente seguem a Jesus e quando questionados sobre o que estavam procurando, eles perguntam aonde é a morada de Cristo e Ele diz, “Vinde ver”. André, irmão de Simão, seguiu as palavras de João e foi ao encontro de seu irmão e anuncia a ele “Encontramos o Messias”. E Jesus o chama de “Cefas”, que quer dizer: Pedra.
         João anuncia que Jesus é aquele que tirará o pecado do mundo. Todo cristão deve imitar as atitudes de João Batista, anunciar e conduzir a Cristo aos mais pobres e necessitados, pois essa é a missão daquele que deseja trabalhar a serviço do reino de Deus. Quando na bíblia há uma mudança de nome, é que essa pessoa teve um encontro íntimo com Jesus, e a partir daquele momento viverá uma vida nova. Vivemos num mundo que grita por falta de vocações, isso requer um maior testemunho vivo do encontro com Jesus, lembrando, que um encontro com Cristo exige mudança de vida, transformação, e um amadurecimento contínuo da fé e oração. Somos convidados a viver esse testemunho vivo e a praticar boas virtudes e principalmente a justiça. 
         No coração do Senhor somos confiados por amor e complacência, Ele deseja que sejamos inteiramente Dele, ou seja, seguir os seus passos, deixar de buscar outras doutrinas como: espiritismo, astrologia (signos do zodíaco), budismo. Viver um ecumenismo é saber respeitar cada religião, mas não está divido em todas elas.

“O Senhor te abençoe e te guarde.” Nm 6,24
 Widson José

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